Situado no topo norte da Praça do Rossio, foi construído por Fortunato Lodí, e inaugurado em 1846. O novo teatro representava também uma apropriação burguesa da prestigiada praça redesenhada na época pombalina, enriquecendo, com o discreto carácter decorativo da sua arquitectura, a secura pragmática dos prédios pombalinos, com o calcetamento em motivos ondeados de calcário preto e branco, expediente de grande beleza e impacto visual que se generalizou nos passeios e noutras praças da cidade.

A toda a volta, a animação dos cafés e das lojas, empenhadas em seguir modelos parisienses, elaborava um qualificado espaço de vida urbana que se prolongava pela Rua do Ouro e, sobretudo, em direcção ao Chiado, o verdadeiro coração de Lisboa.

O seu interior foi destruído por um forte incêndio em 1964, reabrindo novamente em 1978, quando a aposta se dá na divulgação do teatro nacional. O Teatro Nacional D. Maria II beneficia de uma grande sala de espectáculo e de um pequeno estúdio dedicado ao teatro independente.