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Talha
(Dourada) A sua origem data do século XV e prolonga-se até
ao início do século XIX, quando entra em decadência.
É no período do Barroco, entre os séculos XVII
e XVIII, que a talha atinge maior esplendor.
Esta arte torna-se um meio de propaganda ao serviço da religião.
Através da sua grandiosidade e do brilho reflectido pelo ouro,
encaminha o crente para os princípios da Igreja Católica.
O espaço sagrado das igrejas é invadido pela talha dourada.
Existia uma grande variedade de madeiras utilizadas na arte da talha
portuguesa, onde o castanho e o carvalho se destacam pela sua preferência.
Por volta de 1600, a talha liberta-se das pinturas e surgem retábulos
com a parte central da tribuna aberta, para o abrigo das estátuas
de Santos. No século XVII surge uma nova tendência do retábulo,
o Jesuítico. O retábulo da capela-mor de São Roque
é o modelo desta nova variante.
São inúmeros os locais onde podemos encontrar a graciosidade
e fluidez das formas desta arte que se insinua e nos transporta ao longo
de várias épocas.
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