«Pela primeira
vez sinto-me mais optimista. A interdependência vai obrigar a
Europa a olhar com mais atenção para esta região»
George
Joffé, investigador britânico
associado do Instituto de Estudos Estratégicos Internacionais de
Lisboa e especialista em questões do Médio Oriente e Mediterrâneo
in Público, 16 de Março
2001 |
«Tudo o que foi dito pelos
oficiais israelitas sobre o levantamento do cerco é mentira e não
tem qualquer fundamento. Os
actos de repressão nos
territórios palestinianos intensificaram-se, as estradas estão
obstruídas e centenas de aldeias e cidades palestinianas
encontram-se isoladas. Os
israelitas estão a mentir para escaparem às críticas da
comunidade internacional.»
Yasser Abed Rabbo,
ministro palestiniano
da Informação
in Le Figaro, 16 de Março 2001
|
«Em
1964, a organização da Unidade Africana (OUA) reconheceu que
Cabinda era o 39º país a descolonizar, mas tal como a ONU,
deixou-se levar, a pouco e pouco, por factos consumados(...)
Toda a África já retirou as lições de 30 anos de
independência. Há alguma desilusão. Em Angola, então, nem se
fala.»
«Pedimos, acima de tudo, ao povo português que
compreenda as nossas razões. O povo português tem vindo a
ser sistematicamente enganado a respeito de Cabinda.»
Stefen Barros, representante da
FLEC-Renovada em Portugal
in TSF notícias, 14 de Março 2001 |
«Está na hora de Fox
nos ver e ouvir e
de a Constituição reconhecer os direitos dos Índios. É tempo
deste país deixar de ser uma vergonha. Chegou a hora dos povos
indígenas »
Sub-comandante Marcos, Chefe
zapatista
in Libération, 12
de Março 2001 |
«México sem nós, nunca mais.»
Sub-comandante Marcos, Chefe
zapatista
in El Pais, 12 de
Março 2001 |
«Toda a mobilização
(zapatista) tem como finalidade convencer este homem (Vicente Fox)
que ninguém tem nada a perder e todos temos a ganhar, se nos
reunirmos para uma discussão séria a fim de resolver o conflito».
Sub-comandante
Marcos, Chefe zapatista
in
Público, 12 de Março 2001 |
«Vamos
receber o sub-comandante Marcos, encarapuçado, ou
quem ele é realmente:o professor universitário Sebastián
Guillén?»
Deputado mexicano
in
El Pais, 12 de Março 2001 |
«hay que tomarse en serio estos proyectos de
la UE si creemos en la Europa de los Ciudadanos»
Cristina Agudo,
senadora do PSOE
in Terra.es, 8 de Março
2001 |
« Estas forças podem ser francesas, britânicas,
italianas, até búlgaras ou gregas. Elas deverão ser mais
neutras que as americanas, mais activas e recearem
menos pelos seus soldados.»
Ljubco Georgievski,
primeiro ministro macedónio
in Le Monde, 8 de Março 2001 |
«Na medida em que a
China continua a ser um Estado autoritário conhecido pelo seu
triste currículo em matéria de direitos humanos, o aumento que
declarou das suas capacidades militares representa uma preocupação
séria, não só para nós mas também para outros Estados da região.
Se os comunistas
chineses ousarem invadir Taiwan, serão aniquilados antes mesmo de
desembarcarem»
Porta-voz do Ministério da Defesa da
outra China
In Público, 7 de Março
2001 |
«A Europa continua de uma forma muito louvável a
abrir-se e a compreender valores alheios, mas já não gosta da
sua própria história. (...)»
«A Europa, para sobreviver, precisa
incontestavelmente de uma nova percepção crítica e humilde
acerca de si mesma(...) os europeus já só vêem as partes mais
negras e destruidoras da sua história, e já não mais preferem
nem o grande nem a pureza».
Cardeal (do Vaticano) Joseph Ratzinger,
prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé
In Diário de Notícias,
6 de Março 2001 |
«Parece que conseguimos vencê-lo. Até agora
parece que está tudo a funcionar, mas ainda é cedo para ter a
certeza. É o maior terramoto de que eu tenho memória.»
Paul
Schell, “mayor” de Seattle
Público,1 de Março
2001 |
«Milosevic será
preso não só por ter violado a lei na compra da sua casa, como
por actos criminosos mais sérios, na maior parte relativos a
delitos financeiros, mas também pelo desaparecimento e assassínio
de [certas] pessoas. A justiça sérvia está já na posse de sérias
provas materiais».
Fonte
próxima do governo à agência Beta.
Público,1 de Março
2001 |
«Pensamos que a Polónia vai fazer esforços
tais que será impensável não estar no primeiro grupo.»
Schroeder , chanceler alemão
Público,1 de Março
2001 |
«A redução fiscal é um
direito. A redução fiscal é urgente. A longa expansão económica
iniciada há quase dez anos está a fraquejar»
George W. Bush,
presidente dos Estados Unidos
Diário Económico,
1 de Março 2001 |
«Penso que não haverá mais dinheiro
do FMI agora que O’Neill deixou a sua posição clara»
« A Turquia é um aliado importante e um amigo dos Estados
Unidos. Os Estados Unidos ainda são favoráveis ao programa de
apoio do FMI ao programa de reformas económicas turcas. Pensamos
que as iniciativas levadas a cabo hoje [quinta-feira] associadas
à aplicação firme e determinada de políticas de apoio
apropriadas permitirão preservar os valores adquiridos do
programa obtidos até agora e reforçar as bases de um crescimento
sustentado e de uma desaceleração da inflação na Turquia»
Timothy Ash, economista
in Diário Económico,
1 de Março 2001 |
"Até
agora éramos pouco mais do que caçadores de fantasmas, mas
finalmente as autoridades reconheceram que a extrema-direita
representa um perigo real."
Anetta Kahane, dirigente da Fundação
Amadeu António, sediada na Alemanha (Trabalho desenvolvido no
sentido de ajudar quem foi vítima da violência).
in Diário de Notícias, 1 de Março
2001
|
«Há dois problemas que nos preocupam: a defesa
antimíssil e os problemas da expansão da Aliança. Registámos a
sua afirmação de que a Aliança não considera a Rússia como um
adversário. Acolhemos com agrado esta declaração e
apreciamo-la. Mas a expansão de uma união defensiva até às
fronteiras da Rússia não pode ser explicada de outra maneira se
não como existindo a percepção de que a Rússia constitui uma
ameaça».
Vladimir
Putin, presidente Russo (declaração a
George Robertson, secretário-geral da NATO)
in Diário de Notícias,
23 de Fevereiro 2001 |
«A Rússia apresentou
propostas para discutir com os seus parceiros europeus, mas também
com os Estados Unidos. Estou impaciente para examinar em pormenor
essas propostas.»
George Robertson, secretário-geral da
NATO)
in Diário de Notícias,
23 de Fevereiro 2001 |
«O
exército e os serviços de segurança israelitas saberão lançar
a mão aos que estão na origem dos disparos, onde quer que se
encontrem, sem terem em conta qualquer limitação».
Ehud Barak, ex- primeiro-ministro israelita
in Portugal Diário, 23 de Fevereiro 2001 |
«Juntamente com os americanos, estamos à procura de
caminhos que tornem a nossa oposição a Saddam mais eficaz»
Robin
Cook, Ministro dos Negócios Estrangeiros britânicos
in Público, 22 de
Fevereiro 2001 |
«Apesar do silêncio do secretário-geral em relação
ao ataque anglo-americano, estamos dispostos a encetar o diálogo.»
Mohammed Saeed al-Sahaf,
chefe da diplomacia iraquiana.
in Público, 22 de Fevereiro 2001
|
«Na
carta explicamos ao ministro, em tom conciliador, que na marcha não
participaram unicamente portugueses e, sobretudo, que não foi uma
manifestação contra o Governo»
Padre
Carlos Gabriel
in
TVI informação, 22 de Fevereiro 2001
|
«A
pressão económica sobre os palestinianos tem que ser aliviada, e
que as receitas de impostos, em particular, devem ser transferidas
porque a Autoridade Palestiniana precisa desse dinheiro para as
suas actividades»
Richard
Boucher, porta-voz do Departamento de Estado
in Diário
económico, 22 de Fevereiro 2001 |
«Atacar é defender, defender é atacar. Matar
pessoas é bom, destruir armas é mau.»
John Newhouse, jornalista norte
americano
in Diário de Notícias,
21 de Fevereiro 2001 |
«Nenhum presidente dos EUA
responsável pode dizer que a sua política de defesa é calculada
e desenhada para deixar a população americana indefesa contra
ameaças que é sabido existirem.
Donald Rumsfeld, secretário de defesa
da administração Bush
in Diário de Notícias, 21 de Fevereiro
2001
|
«Não esconderemos mais as nossas intenções aos
dirigentes traidores da Arábia Saudita e do Koweit, a hostilidade
chegou a um tal nível que mais cedo ou mais tarde ela se virará
contra eles»
Al-Joumhouriya
jornal iraquino.
in Libération, 19 de Fevereiro de 2001 |
«Os
americanos tentam exercer pressão sobre o Iraque para o
enfraquecer aquando dos próximos encontros com a ONU.»
Babel,
Diário dirigido por Oudaï Saddam Hussein, filho mais velho do
chefe de Estado iraquiano.
in
Libération, 19 de Fevereiro
2001 |
«Saddam será eternamente o nosso Presidente»
«Saddam, somos todos teus soldados para a libertação»
Algumas
das frases gritadas ontem em Bagdad pelos manifestantes revoltados.
in Diário de Notícias, 19 de Fevereiro 2001 |
«originam uma tensão
prejudicial à aplicação de uma solução concertada para o
problema iraquiano.»
Comentário da França relativamente aos ataques levados a cabo pelos aviões
norte-americanos e britânicos.
in Diário de Notícias, 19 de Fevereiro 2001 |
«Onde é
que tudo isto leva? Apenas fará aumentar a tensão no Médio
Oriente e provavelmente reforçar a posição de Saddam Hussein, não
enfraquecê-la»
Jeremy
Corbyn, deputado britânico (interrogava o primeiro-ministro Tony
Blair sobre os motivos que o levaram a apoiar o raide).
in
Diário de Notícias, 19 de Fevereiro 2001 |
«Esta
agressão acontece num momento em que o Iraque se prepara para
organizar um diálogo global com o secretário-geral da ONU, o que
cria ao Conselho de Segurança uma responsabilidade maior na
condenação desta agressão»
Mohamed
Said al-Sahhaf, chefe
da diplomacia iraquiana (citação retirada da carta que enviou ao
secretário-geral Kofi Annan)
in Público, 19 de fevereiro 2001 |
A memória colectiva
dos sul-africanos não esquece os terríveis dias do apartheid e ,
nessa altura «o silêncio dos portugueses foi ensurdecedor. Por
tudo isto, o partido que ocupa o poder não tem dúvidas em
afirmar que apesar de nos tentarem convencer que são cidadãos
sul-africanos, estão muito longe de o ser».
«o ANC está
consciente que algumas das pessoas que participaram na marcha de
protesto vieram de Moçambique, Angola e de outras partes do
continente, onde beneficiavam do colonialismo e onde não
conseguiam viver sob um regime democrático».
«as pessoas terão uma ideia melhor da comunidade que têm vindo a
servir e ajudar durante todos estes anos.»
Congresso
Nacional Africano (ANC), partido no poder na África do Sul (em
apoia as acusações de racismo e colonialismo que o ministro da
Segurança fez em relação aos portugueses, reforçando com
críticas).
in
Diário de Notícias, 15 de fevereiro 2001 |
"O Japão poderá ter de rever parte do seu pacto militar com os Estados
Unidos"
Yohei
Kono, ministro japonês dos Negócios Estrangeiros.
in Público, 15 de Fevereiro 2001 |
«O fosso existente entre o leste e o ocidente
é hoje mais
importante do que alguma vez o foi na história moderna.»
«A Europa central e
oriental, tal como outras regiões periféricas, nunca esteve em
situação de iniciar revoluções tecnológicas.»
Ivan
Berend, historiador e economista (relativamente à evolução dos
países da Europa central e oriental após dez anos de reformas,
estudo publicado pela Unece- Comissão económica da ONU
para a Europa).
Le Monde, 12 de Fevereiro 2001 |
« Vi colegas
queimarem vivo um jovem de 15 anos. Vi soldados mascararem-se de
terroristas e massacrarem civis. Vi Coronéis assassinar, a sangue frio, simples suspeitos.
Vi oficiais torturar até à morte islâmicos. Vi
demasiadas coisas».
Le Monde, 12 de Fevereiro 2001 |
Humor Soviético
Por ANEDOTA DOS TEMPOS DA URSS
«Porque é que na
União Soviética só é permitido o Partido Comunista? Porque não
temos dinheiro para sustentar mais partidos!»
in
Público, 9 de Fevereiro 2001
|
«Rejeitamos
categoricamente o plano, que não é aceitável pela população
albanesa»
Zeqirja
Fazilu, presidente do Partido Democrático Unificado dos Albaneses
- PBDSH, (relativamente ao
plano de resolução política proposto por Belgrado)
in
Público, 9 de Fevereiro 2001 |
«Esta foi menos uma
eleição geral e mais uma eleição de generais».
in
Público, 9 de Fevereiro 2001 |
«Os israelitas vão
arrepender-se desta decisão; ela vai custar-lhes divisões
internas, isolamento internacional e confronto com os
palestinianos».
Yasser
Abed Rabbo, negociador
in Público, 9 de Fevereiro 2001 |
«Acho extremamente
importante termos
dado a entender que as eleições em Israel dizem respeito ao povo
israelita e não ao povo norte
americano ou ao presidente dos Estados Unidos».
Condoleezza
Rice, Conselheira do Presidente Bush para a segurança
nacional (ao TheNew York Times)
9 de Fevereiro 2001 |
«Compreendemos a
sua fúria perante o comportamento do Parlamento nas suas
tentativas [de acelerar o processo de destituição]. Tudo isto é
uma amarga lição para nós, e não deve prosseguir. Mas este é
o preço a pagar pela democracia.»
Abdurrahman Wahid, presidente indonésio (relativamente à
poderosa organização Nahdlatul Ulama)
in Público, 8 de Fevereiro 2001 |
«Os pobres e os
lavradores morrerão por Wahid. O sangue correrá se ele for
obrigado a demitir-se", "se Wahid cair, o país será
destruído».
Sugeng, manifestante
in Público, 8 de Fevereiro 2001 |
«Não sou um criminoso (...), não mandei
matar ninguém»
Augusto Pinochet,
(ao juiz durante o interrogatório)
in Publico, 8 de
Fevereiro 2001
|
«Respeitamos a escolha do povo israelita e esperamos a
continuidade do processo de paz»
Yasser Arafat, presidente
da Autoridade Palestiniana (à Reuters)
in Reuters, 7 de Fevereiro 2001 |
«Se Sharon cumprir o que prometeu durante a campanha, há motivos para temer
o que poderá vir a acontecer.»
Thorbjoern Jagland, ministro dos Negócios Estrangeiros
in
Reuters, 7 de Fevereiro 2001
|
«O tempo dirá. Penso que Sharon tem a oportunidade de mostrar o que vale como
estadista e existem fortes motivações para ele
dar o passo em direcção à paz
com os palestinianos e sírios.
Jonathan Jacoby,
consultor estratégico para a política israelita
in Reuters, 7 de Fevereiro 2001 |
«Se
existem relações para actividades deste género, é melhor não
as ter sequer .»
Fidel Castro, Presidente
cubano (relativamente à situação dos dois cidadãos checos
detidos em Cuba acusados de terem tentado contactar com grupos
anticastristas, a mando dos serviços secretos norte-americanos, o
que levou à deterioração das relações entre Havana e Praga)
in Público, 7 de Fevereiro
2001 |
«Já não há esquerda nem direita em Israel.
Há esquerda, direita, e árabes.»
Analista
israelita
in Público, 7 de
Fevereiro 2001
|
«Ele vai bater com força nos palestinianos
por eles nos terem batido a nós».
Haim, cidadão israelita (
quando questionado sobre o motivo que o levou a votar em Sharon)
in Público, 7 de
Fevereiro 2001
|
«Porque nunca haverá uma última guerra entre
nós e os palestinianos.»
Haim,
cidadão israelita, (questionado sobre se acreditava que nunca
mais haveria outra guerra, promessa por ele feita aos seus
filhos.)
in Público, 7 de
Fevereiro 2001
|
"Estamos num momento crucial para a paz. É natural que seja
difícil, é natural que aconteça com violência"
Ehud Barak,
actual primeiro ministro israelita, numa entrevista à
correspondente da CNN Christiane Amanpour.i
in CNN.com.br, 3 de Fevereiro 2001 |
“É
sabido que a acção
não governamental é indispensável e que as ONGs fazem parte do
debate democrático. Esta polémica é muito simplesmente
o preço
do seu sucesso”.
Diplomata francês, relativamente ao poder das ONGs em
mobilizar a opinião pública
in Le Monde, 3 de Fevereiro 2001 |
“Nunca se falou tanto em” sociedade civil
internacional “, em “poder mundial das ONGs”,
contudo, as bases jurídicas destes novos actores da diplomacia
permanecem muito frágeis. “ Cinquenta anos após a Carta
das Nações Unidas “continuamos sem saber ao
certo de que se trata ...”
Michel Doucin, do Alto Conselho para a Cooperação Internacional
in Le Monde, 3
de Fevereiro 2001 |
“O
nosso Presidente reteve dinheiro para ele apesar de o país estar
em crise, ele poderia ter-se safado no passado, mas agora não”
Syaifuddin
(estudante, numa manifestação em Jacarta).
in
Público, 2 de fevereiro 2001 |
"A federação deixou de existir. Só nos resta levar a cabo
este processo de forma pacífica”.
Ljubisa Krgovic (vice-primeiro ministro do Montenegro-
relativamente à questão da separação entre o Montenegro
e a vizinha Servia).
in
Le Monde, 2 de Fevereiro 2001 |
"Desde
há dez anos que a opinião pública tem vindo a
evoluir regularmente em favor da independência. É a
grande tendência"
"O erro estava em
acreditar que se
devia apenas ao regime de Milosevic"
Srdan
Darmanovic (analista político e presidente do Centro para a
democracia e os
direitos do homem(Cedem) - relativamente à questão da separação
entre o Montenegro e
a vizinha Servia).
in Le Monde, 2 de Fevereiro 2001
|