Todos nós vivemos o nosso dia a dia, sem nos apercebermos que o nosso bem estar actual, poderá reflectir-se de uma forma mais negativa no nosso futuro. Desta vez não estamos a falar de guerras mas de condicionantes naturais que poderão colocar em risco o futuro da humanidade.Globalização O FUTURO DO NOSSO PLANETA
Assim, um dos problemas do nosso futuro irá ser a explosão demográfica mas, não é o único, outros elementos têm de ser tidos em conta, se bem que serão talvez consequências de uma elevada densidade populacional.
Se nos debruçarmos sobre o assunto, iremos ver que um grande aumento demográfico vai originar sem dúvida uma maior poluição atmosférica, desflorestações e uma diminuição cada vez maior dos recursos não renováveis, podendo-se mesmo dizer que existe uma interdependência entre o crescimento demográfico e estas condicionantes.
Para haver uma maior produção de alimentos, terá de haver um alargamento dos campos produtíveis que se irá traduzir num aumento dos produtos químicos, nomeadamente pesticidas, adubos, entre outros, que não são favoráveis quer à natureza, quer ao homem.
Para além do alargamento dos campos cultiváveis, o crescimento populacional implicará também um maior número de alojamentos. Deste modo, tanto o alargamento dos campos, como o alojamento, nomeadamente construções de zonas urbanas e industriais são sem dúvida os principais elementos que estão a originar as desflorestações.
A situação agrava-se com o facto de ocorrer uma satisfação de necessidades que irá cair sobre os recursos naturais (matérias primas como madeira, mercúrio, petróleo e gás natural, entre outros), recursos estes que não são renováveis e que irão levar a uma grande pressão sobre as reservas que, por sua vez, à medida que vão ficando escassos, sofrerão graduais aumentos dos preços, devido à escassez ou mesmo impossibilidade de recursos alternativos à sua utilização.
No entanto,
a dependência do ser humano, das superfícies cultiváveis
e de toda a vida na Terra, dependem principalmente de Água.
Falta de Água
A ONU calcula que dentro de 30 anos, mil milhões de pessoas viverão em regiões de seca crónica. Mais assustadoras são as perspectivas adiantadas pelo Banco Mundial, que garantem que dentro de 10 anos, 35 % da população mundial não terá água suficiente para se sustentar.
Boa parte
dos conflitos armados do século XX ocorreu devido ao petróleo.
No século XXI serão, provavelmente, pela água. Este
é um problema muito complexo. Por exemplo, para se produzir um quilo
de pão, desde a plantação do trigo até que
chega à padaria, gastam-se mil litros de água. Transpondo
estes cálculos para outros alimentos, para que uma pessoa tenha
uma alimentação saudável, são necessários
550 mil litros de água por ano. O volume retirado dos rios, represas
e canais do planeta é hoje de 660 mil litros por habitante ao ano,
uma cifra que se aproxima perigosamente dos limites deste recurso. Apesar
do planeta estar coberto de água, apenas 2,5 % dessa água
é doce . Uma grande parte está congelada nos pólos
e outro tanto existe nos solos subterrâneos a profundidades praticamente
inalcançáveis. Afinal, o Homem apenas tem acesso a 0,001
% de toda a água existente no nosso planeta.
Poluição
O crescimento populacional, comparável com o crescimento do consumo e desgaste do planeta, suscita um outro problema, o da Poluição.
As razões da poluição atmosférica resultam de diferentes acções, nomeadamente no hemisfério norte. A crescente actividade económica e industrial do norte, assim como a procura de cada vez mais bem estar, contribui de uma forma irracional à destruição atmosférica. Irracional porque, os países industrializados têm perfeita consciência da realidade terrestre, mas, solicitam cada vez mais automóveis, frigoríficos, aquecedores e outros tipos de bens que afectam a atmosfera (Camada de Ozono), contribuindo assim de uma forma despreocupada para o futuro dos seus descendentes.
Pelo contrário,
o hemisfério sul, utiliza também métodos deploráveis
para a natureza mas, não com o mesmo objectivo dos países
do norte, fazem-no porque necessitam de expandir aglomerados urbanos e
terrenos agrícolas destinados à sua sobrevivência.
Soluções
Perante todos
estes aspectos negativos, resta-nos encontrar algumas soluções
positivas ou apenas alternativas para o futuro da Humanidade.
Estas soluções
passam pela tentativa de acreditar no desenvolvimento nos países
pobres e nos avanços da tecnologia.
Existem zonas do planeta que estão em fase de “descoberta”, o que leva à hipótese de um acréscimo dos recursos naturais. No entanto, a descoberta de recursos alternativos e a reciclagem de produtos usados trará benefícios à humanidade.
Em 1983, a FAO, organismo das Nações Unidas que supervisiona a agricultura e a alimentação, calculou um limite de 33 mil milhões de habitantes a viver na Terra, com a condição de cortar as florestas para as converter em plantações de cereais e de aproveitar todos os metros de área cultivável só para culturas indispensáveis. Esta condição obrigaria a deixar de fora culturas como as do tabaco (que dá muito mais lucro).
Um cientista americano colocou uma questão curiosa e pertinente: Quantas pessoas poderiam viver no Mundo, se cada uma bebesse, comesse e consumisse combustível e energia eléctrica com a voracidade de um americano típico dos anos 70, a altura em que a agressão ao meio ambiente foi mais intensa? O resultado dos cálculos foi assustador. Sob essas condições, a Terra suportaria apenas 1,2 mil milhões de pessoas, um número equivalente ao da população da China.
Para termos um mundo densamente povoado, teremos que desperdiçar muito menos. Pormenores quotidianos como o vestuário terão muita importância no futuro. Para produzir um quilo de algodão são gastos cerca de 30 mil litros de água em irrigação. Há que encontrar soluções alternativas. Por exemplo, um material como o nylon já pode ser obtido a partir da palha que sobra da colheita dos cereais.
Há
que poupar...
Patrícia
Silva