Europa e o Mundo
Em fila para o Euro
A zona euro inclui doze países: Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Holanda e Portugal.
Por toda a Europa os consumidores sentem-se apreensivos e revelam falta de adequada informação quanto à chegada da nova moeda. Só as grandes empresas, os bancos e as administrações se encontram convenientemente formados para a recepção do Euro. Segundo os peritos, somente três países estão actualmente à altura do desafio: a Bélgica, o Luxemburgo e a Holanda. Nestes países, segundo o Banco Central Europeu (BCE), 25% dos pagamentos por cheques ou cartões de crédito já se efectuam em euros.
Relatórios da Comissão Europeia indicam que 22% dos salários das grandes empresas são pagos em euros, sendo os pequenos países os mais avançados: mais de um em cada dois assalariados é pago em euros na Bélgica e na Holanda, sendo um em cada quatro no Luxemburgo e em Portugal.
Embora
os governos francês e alemão sejam os que mais gastam em publicidade sobre a
moeda única, os nacionais destes países recusam-se a pensar em Euros. Na
Alemanha perto de 60% da sua população lamenta a adopção da moeda única. O
desaparecimento do Deutsch Mark, símbolo da unidade do país e orgulho
nacional, constitui um trauma para os alemães. Em território francês domina o
receio da transição, os consumidores temem equivocar-se nas conversões,
deixando-se enganar pelos comerciantes. A situação não é exclusiva destes
dois países, sendo exemplo disso , a Áustria e a Finlândia, que se encontram
reticentes face ao Euro, pressupondo a fragilidade do Euro.
Nos países do Sul da Europa, a opinião pública alegra-se por adoptar uma moeda mais forte. Três em cada quatro portugueses conhecem a taxa de conversão do Escudo em Euros (1 euro = 200,482 escudos). Quanto à Espanha, o facto de a taxa de conversão ser simples (6 euros=1000 pesetas) facilita e tranquiliza a população.
A
adopção de uma política monetária única entre os Estados Europeus, pressupõe
um primeiro passo para o federalismo e uma Europa mais forte. A questão é,
para quando os Estados Unidos da Europa?