Europa e o

Mundo

Uma aventura chamada Euro

   A partir de agora as operações de câmbio entre esses membros fazem-se automaticamente e sendo os mesmos representados exteriormente pelo Euro, uma moeda que se pretende estável, forte e que venha a enfrentar a hegemonia do dólar e dos EUA.

   A eliminação das flutuações das taxas de câmbio no mercado interno da "Eurolândia", possibilitará futuramente um verdadeiro mercado, que utiliza uma moeda única facilitando todo o tipo de transacções que se estabeleçam entre as diferentes entidades políticas que compõem esse espaço e que incrementará um número cada vez maior de contactos comerciais.

   O Euro, por alguns intitulado a "obra prima política" deste século, é um projecto inédito a nível mundial que pretende consolidar o poder económico global da Europa, num mundo cada vez mais concorrencial e que acima de tudo pretende garantir a paz e a estabilidade num continente que há 54 anos atrás estava envolvido numa guerra total e em que alguns desses mesmos 11 pertenciam a grupos antagónicos que sempre viveram lutando ao longo da sua história.

   Esperando que o próximo século seja o exemplo de que num mundo cada vez mais global, em que os países vejam que mais vale consolidar economias para obter o que querem em lugar do o fazerem  pela guerra, mas cuidado, porque se os conflitos militares podem ter os seus dias contados nos países ditos civilizados, as chamadas guerras comerciais podem ter os mesmos efeitos mesmo se não se utiliza a força militar. Mas o que será dos países pobres, num mundo em que os ricos estão cada vez mais ricos?
Esperemos que os países ricos não se lembrem somente do lucro rápido esquecendo-se daqueles que mais precisam, e que muitas vezes somente necessitam que não os explorem.

   O Desenvolvimento sustentado tão falado por todos deveria é ser posto na prática pelos mesmos que tanto o pregam. Numa Europa em construção esperamos que o projecto Euro vingue e que mostre ao mundo que é mais útil para todos, projectos como este que transformem a Aldeia Global, numa "Aldeia" constituída por poderosos grupos político/económicos regionais, que tenham sempre em consi-deração o cidadão e os Direitos do Homem.

   "A estabilidade de uma moeda decorre nomeadamente, da confiança que inspira ao cidadão. Uma moeda totalmente nova só com o decorrer do tempo pode inspirar confiança. É a primeira vez que uma política monetária única é posta perante onze políticas orçamentais diferentes e neste contexto é inevitavelmente mais difícil conseguir um modelo de política monetária e orçamental capaz de conduzir à estabilidade."
(Willwem Duisenberg, Presidente do Banco Central Europeu)
 
 

1 de Janeiro de 1999

– Início da 3ª Fase da UEM

– O Euro torna-se uma moeda de direito próprio;

– O Conselho fixa irrevogavelmente as taxas de conversão das moedas dos países participantes, entre elas e em relação ao Euro;

– O BCE passa a conduzir a política monetária e cambial única em Euros;

– Instituição dos mercados interbancários, monetários, de capitais e cambiais em Euros;

– Os pagamentos de grandes montantes entre bancos poderão passar a ser efectuados através do sistema TARGET ( Trans-European Automated Real-Time Gross-Settlement Express Transfer System).
Entre 1 de Janeiro de 1999 e 1 de Janeiro de 2002

– O SEBC (Sistema Europeu de Bancos Centrais) define e executa a política monetária única e realiza as suas operações nos mercados cambiais em Euros;

– Os novos títulos de dívida pública dos Estados participantes passam a ser emitidos em Euros;

– O SEBC e as autoridades públicas dos Estados-Membros acompanham o processo de transição para o Euro.
 

 1 de Janeiro de 2002

– Início da circulação das notas e moedas em Euros que coexistem com as notas e moedas nacionais até à respectiva retirada completa;

– Final da transição no sector bancário (sistemas de pagamentos de pequenos montantes);

– Transição definitiva para o Euro dos agentes públicos e privados.
 

1 de Julho de 2002

– Data limite para a retirada de circulação das notas e moedas nacionais;

– Utilização exclusiva do EURO.

– As moedas nacionais desaparecerão e o Euro será a única moeda a circular na Zona Euro, que poderá nessa altura ter mais do que os 11 países actuais, com a possível entrada das moedas dos restantes membros da UE.
 

Glossário da União Europeia
http://europa.eu.int/scadplus/leg/pt/cig/g4000.htm
 

Paulo Eduardo Parreira