A herança muçulmana

Os muçulmanos permaneceram em Portugal durante cerca de meio milénio (do século VIII ao século XIII).

A invasão árabe deu-se em 711 D.C. e transformou a fisionomia da população lisboeta. O clima de insegurança e de guerra vivido na altura, fez com que a cidade de Lisboa crescesse de uma maneira muito própria, onde a fortaleza ocupava um papel fundamental de refúgio aos habitantes que fugiam do avanço dos exércitos cristãos.

A Lisboa muçulmana era por isso muito cobiçada, devido à riqueza da sua população, na maioria composta por ricos proprietários agrícolas e comerciantes, mas também devido aos campos férteis, ao ar saudável e aos banhos quentes, que eram muito do agrado dos mouros.


Vestígios Muçulmanos

As influências muçulmanas são ainda hoje visíveis, nomeadamente no traçado urbanístico da cidade de Lisboa.

Muitos dos bairros típicos de Lisboa apresentam ruas tortas e estreitas, com escadinhas, casas muito juntas e quase sem aberturas para o exterior.

As fortes marcas da influência muçulmana não se ficam só pela arquitectura. Os muçulmanos também introduziram novos conhecimentos de medicina, navegação, Astronomia e Matemática, muito evoluídos para a época.

Outro vestígio muçulmano está relacionado com a influência árabe na língua portuguesa, deixando como herança mais de 500 vocábulos, utilizados ainda hoje.

Os Árabes também divulgaram a bússola e instrumentos de orientação pelos astros, como o astrolábio utilizados nos Descobrimentos Portugueses. Até a caravela, o barco usado nas viagens de descoberta, tem influências árabes.


Célia Simão

 

 

 

 

 
   
 
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