Lenda das Obras de Santa Engrácia 

            Em Lisboa existe a Igreja de Santa Engrácia que é famosa pela “ Obras de Santa Engrácia”.

            Esta Igreja foi construída no local de uma outra antiga igreja paroquial e construído em honra de Santa Engrácia . Como as alterações e as construções que sofreu ao longo dos tempos, estas obras converteram-se na expressão popular daquilo que não tem fim.

            A lenda referente a esta Igreja está ligada a um jovem que foi condenado à fogueira pela Inquisição a 3 de Fevereiro de 1631.

            Junto destas tão conhecidas obras existia o Convento de Santa Clara e diz-se que uma freira se enamorou por um jovem de seu nome Simão Pires Solis.

            Tão grande era o amor deles que todas as noites o rapaz vinha ter ao convento para se encontrar ás escondidas com a amada.

            Uma noite, o Sacrário com as hóstias foi roubado do convento e, embora estivesse inocente, Simão Solis foi denunciado pela vizinhança à Inquisição.

            Simão foi condenado à fogueira sem pena nem piedade. Quando ia a caminho do seu destino e ao passar pelas obras da Igreja de Santa Engrácia disse:

            “ Morro inocente! É tão certo eu estar inocente como é certo que aquelas obras nunca se acabem! “

            Desde então ( século XVII) que as obras de Santa Engrácia se tornaram difíceis de terminar. Quando estavam quase concluídas as obras, a cúpula ruiu, dificuldades técnicas impediram o retorno das obras. Após o terramoto de 1755  tentou-se novamente a sua reconstrução mas só no século XX é que as obras se deram por terminadas fazendo-se uma cobertura metálica.

            É caso para dizer: “ Valha-nos Santa Engrácia! “

  

                                                                                                   Madalena Rodrigues

 
   
 
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