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Mosteiro de S. Vicente de Fora
Este mosteiro foi construído fora das velhas muralhas em 1147,
após a conquista de Lisboa. Foi mandado construir por D. Afonso
Henriques, em cumprimento de um voto secreto dirigido ao Mártir
S. Vicente durante o cerco. A primeira construção românica
surge no local que albergou os exércitos de cruzados em luta
no cerco. Na época gótica sofreu algumas modificações
e foi destruído no século XIV. No seu lugar foi mandado
construir, em 1582 por Filipe II, o edifício actual. A igreja
foi inaugurada em 1629, embora as obras se tenham arrastado por mais
de um século.
A igreja de São Vicente de Fora é uma construção
dominada pelo estilo maneirista de grande simplicidade, singileza e
um harmonioso equilíbrio de proporções. O mosteiro
é um dos mais grandiosos e nobres monumentos religiosos de Lisboa.
Tem uma harmoniosa fachada formada por três corpos, sendo os laterais
prolongados por duas torres sineiras.
Ao entrar no templo tem-se a percepção das insígnias
de São Vicente e São Sebastião inscritas nos capitéis
das pilastras do vestíbulo. O corpo é de nave única
e de dimensões excepcionais. Nas capelas laterais, destaca-se
a Nossa Senhora da Conceição, datada de 1698, que conjuga
mármores com mosaicos policromos. O altar barroco, encomendado
por D. João V, ocupa o centro de capela-mor. As estátuas
dos padroeiros S. Vicente e S. Sebastião são atribuídos
a Manuel Vieira, responsável pelas belas esculturas de anjos
colocados sobre as portas de acesso ao coro dos cónegos.
A portaria ostenta belíssimos azulejos do início do século
XVIII, referentes à tomada de Lisboa e Santarém. O tecto
é possuidor de pinturas perspectivadas, onde se destaca Vicente
Baccareli. A sacristia passou pela mão de importantes artistas
como Laprade. Merecedores de uma visita são as dependências
conventuais, a antiga portaria, os claustros e a sacristia.
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