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A
origem do Éden
A história do edifício Éden e do seu espaço
envolvente surge a partir do século XVIII, quando em 1764, o
Marques do Pombal compra terras para a abertura das obras de ajardinamento
do Passeio Público.
O Passeio Público de Lisboa é projectado por Reinaldo
Manuel, da Casa do Risco das Obras Públicas. O parque, construído
num estilo romântico, estendia-se desde a área da actual
Praça dos Restauradores até à Praça da Alegria.
Na década de 1770, o Conde de Castello-Melhor demoliu as suas
casas, arruinadas pelo terramoto. Em 1777 começa a erguer-se
o futuro Palácio da Foz, tendo as obras sido somente concluídas
em 1858.
Em 1887 dá-se a venda do palácio e de todo o seu recheio,
tendo sido o seu comprador o Marquês da Foz.
A zona agreste do Palácio da Foz é actualmente o local
onde se encontra o edifício do antigo Éden Teatro.
Em 1879 o Passeio Público de Lisboa é destruído,
para a abertura da Avenida da Liberdade. Logo após à inauguração
da Avenida, surge o novo Teatro Avenida (1888).
Depois da queda da Casa da Foz e do seu consequente leilão (1901),
o comerciante de automóveis Albert Beauvelet aluga as antigas
cocheiras do Palácio.
A garagem instalada num enorme hangar de ferro e vidro é a primeira
representação da Peugeot em Portugal.
Com a mudança do stand do senhor Beauvelet, o edifício
passa temporariamente (1909/1912) a Teatro de Variedades. Posteriormente
o esqueleto da Garagem é aproveitado por Luiz Galhardo, que encomenda
ao cenógrafo Augusto Pina planos para a construção
de um teatro mais amplo do que o improvisado Teatro Variedades.
O inicio do Éden
O primeiro Éden é inaugurado a 25 de Setembro de 1914,
com a opereta O Burro do Sr. Alcaide de Gervásio Lobato. Desde
a sua inauguração e até 1928, o Éden passa
a ser considerado um dos templos da Revista, tal como tinha sido o seu
antecessor Variedades. O novo teatro pertencia a um conjunto de edifícios
burgueses, que procuravam actualizar as memórias dos anos dourados
dos Teatros S.Carlos e D. Maria.
A partir de 1918, por iniciativa de Leopoldo O´Donnell, o Éden
passa a dedicar-se também à exibição de
filmes.
Depois de uma visita da Inspecção-geral de Espectáculos,
é ordenado o encerramento do Éden, no final de 1928, por
questões relacionadas com a segurança.
O novo Éden
A renovação do novo Éden Teatro inicia-se a 29
de Janeiro de 1931, a cargo do arquitecto modernista Cassiano Branco.
A inauguração deste novo espaço dá-se a
1 de Abril de 1937, com a peça Bocage, interpretada por Estêvão
Amarante.
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