O edificio actual da Câmara foi construído para substituir o edifício pombalino que ardera em 1864. O autor da obra foi Domingos Parente da Silva, que desenvolveu um projecto ambicioso, muito francês, tanto na riqueza ornamental da fachada como na bela cúpula já de ferro, que a centraliza em termos de planta, dinamizando o austero teor pombalino da Praça do Pelourinho.

Estas medidas de carácter arquitectónico e urbanístico visavam, sobretudo, controlar o caos que se instalara na Lisboa dos Descobrimentos, com a imagem duma capital que o rei queria enobrecida de acordo com o seu recente império. Sem este corpo legislativo teria sido impossível preservar os traços iniciais do B.A, como a continuidade de características arquitectónicas, ainda presentes no urbanismo pombalino. Depois do incêndio em 1863, deu-se início à reconstrução, com intervenção de outros arquitectos e engenheiros como José Luís Monteiro.

O seu interior é rico em obras de arte, com pinturas e esculturas de grandes artistas portugueses, como Columbano, Sequeira, Malhoa e Neves Júnior. Em plena praça, encontra-se um dos pelourinhos mais interessantes do país. Trata-se de uma coluna em espiral, construída no século XVIII, coroada com uma esfera de metal dourada.